Projeto ECOS

Início: 1 Setembro 2011 • Fim: 31 Agosto 2015

Projeto ECOS

Com o objetivo de ampliar e consolidar o trabalho que a APF tem levado a cabo, designadamente através do Espaço Pessoa – Centro de Encontro e Apoio a Prostituta/os da cidade do Porto – na promoção da Saúde Sexual e na prevenção e desenvolvimento de respostas eficazes para as Infeções Sexualmente Transmissíveis, nasceu o Projeto ECOS – Educação, Conhecimento, Orientação, Saúde, dirigido à população masculina que se prostitui.

Os homens que fazem sexo com outros homens (HSH) constituem um subgrupo da população portuguesa que, atualmente, apresenta um aumento na taxa de infeção pelo VIH/SIDA. Esta realidade parece adquirir particular acuidade no que diz respeito à população masculina que se prostitui. Esta população, segundo a escassa produção científica existente sobre o tema, sofre uma reforçada ocultação, pois muitos dos homens que se prostituem não se identificam com a atividade prostitutiva nem se consideram homossexuais. Desta forma, constituem uma franja populacional que, pelas suas especificidades intrínsecas mas sobretudo pelo desconhecimento que envolve este fenómeno, não é sensível às medidas preventivas gerais da transmissão da infeção VIH/SIDA nem à atuação das equipas de Redução de Riscos e Minimização de Danos.

Co-financiado pelo Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infeção por VIH – Programa ADIS, o projeto ECOS desenvolveu-se na zona norte do país entre Setembro de 2011 e Agosto de 2015.

O objetivo geral do projeto foi a caraterização das determinantes internas e externas da propagação do VIH/Sida em homens que se prostituem, para ajudar a definir estratégias adequadas de prevenção junto deste grupo.

Tratou-se de um projeto de investigação-ação sendo que um dos principais propósitos do projeto foi a produção de saber científico sobre o fenómeno do trabalho sexual masculino, nomeadamente no que concerne às diferentes dinâmicas existentes, tendo em conta as caraterísticas do local onde decorre a atividade, o perfil do cliente e o do próprio trabalhador do sexo. Pretendeu-se contribuir para um enriquecimento do quadro teórico subjacente e delinear medidas de prevenção de transmissão do VIH idiossincráticas e eficazes. Para tal realizou-se um trabalho exploratório intensivo junto dos contextos e atores sociais associados e um estudo sobre os “Determinantes da infeção por VIH nos trabalhadores do sexo masculinos”.